A Marcha Contra a Corrupção ocorrida neste sábado, 21, na Avenida Paulista terminou em confusão. Perto do fim do ato que reuniu cerca de 1.500 pessoas, segundo estimou a Polícia Militar, alguns manifestantes tentaram interditar as vias da Paulista, em ambos os sentidos. A polícia precisou intervir com bombas de efeito moral e balas de borracha. Não há registro de feridos. Segundo a PM, duas pessoas foram detidas e levadas ao 8ª DP.
O protesto de combate à corrupção centrou suas reivindicações pela demora do STF em julgar o mensalão, o maior escândalo da Era Lula. Os manifestantes usaram duas faixas da rua, em frente ao Masp, para fazer um banner humano, com os dizeres “SOS STF” como cobrança à Corte.
A organização do movimento salientou que as pretensões eram de um ato pacífico e apartidário. O protesto foi realizado com uma marcha, realizada também em outras 78 cidades do País, como Brasília e Rio de Janeiro. O movimento vem recolhendo assinaturas em favor da agilidade da votação, para então levá-las a uma reuniâo marcada com o relator do processo, o ministro Ricardo Lewandowisky, no próximo dia 25.
BRASÍLIA
Sob o impacto do mais novo escândalo, envolvendo políticos com a organização criminosa comandada pelo bicheiro Carlinhos Cachoeira, cerca de três mil pessoas, pelos cálculos da Polícia Militar, participaram na manhã de sábado da Marcha contra a Corrupção, na Esplanada dos Ministérios. Entre os manifestantes havia muitos servidores públicos de categorias em greve, como a dos professores e jovens de cara pintada. A maior parte usava camisetas pretas.
Portando faixas e entoando palavras de ordem, os manifestantes protestaram contra a impunidade e o desvio de dinheiro público e pediram agilidade no julgamento do processo do mensalão, aberto em 2005 e até hoje tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF). Alguns cartazes pediam a transformação da corrupção em crime hediondo. Não houve incidentes.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção do Distrito Federal, fez campanha pela marcha. O presidente da entidade, Francisco Caputo, ajudou a puxar a marcha, que percorreu o espaço da Esplanada onde milhares de pessoas se concentravam desde cedo para assistir aos shows e atividades relativas ao 52º aniversário de Brasília, comemorado no 21 de abril.
RIO
Cerca de 300 pessoas participaram de uma manifestação em Copacabana neste sábado, no Rio de Janeiro, como parte de uma série de protestos realizados em diferentes cidades do País contra a corrupção.
Os manifestantes, que pediram rapidez no julgamento do processo do Mensalão, foram convocados através da internet pelo grupo apartidário “Quero o Fim da Corrupção”, do Facebook.
Os participantes percorreram com faixas e cartazes o trecho entre os postos 4 e 6 da orla de Copacabana, entre as 16 horas e as 18 horas. “Defendemos o fim imunidade parlamentar, a punição para corruptos. Estamos cansados de tanta corrupção”, disse o advogado Giuseppe Domingues Leoni, um dos organizadores da página do Facebook e do protesto no Rio.
O grupo defende que sejam considerados hediondos os crimes contra a administração pública. Também exige a devolução de erário roubado, o fim do voto secreto e a criação de concurso público para o preenchimento de vagas de Ministérios, cargos de confiança e conselheiros dos Tribunais de Contas.
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