“Eu me recuso a acreditar que esta nota seja do Ministério Público”. Foi dessa forma que reagiu o deputado estadual Edinho Duarte (PP), ao falar do comunicado de imprensa divulgado pela assessoria do MP, terça-feira (17), sobre a ação de improbidade administrativa contra quatro parlamentares por enriquecimento ilícito. “Eu saio em defesa do Ministério Público, do papel que desempenha, eu não considero essa nota como sendo do Ministério Público”, desqualificou.
O deputado diz que as poucas informações prestadas pelo MP para a imprensa são as mesmas que os parlamentares detém. “Eu posso falar muito mais da nota do que qualquer outro processo porque não tenho conhecimento efetivamente do processo, embora nossos nomes sejam citados. Por isso eu me recuso a acreditar que seja uma nota do MP”, ratificou.
O parlamentar fez críticas pesadas ao conteúdo do comunicado. “A nota é um pouco ameaçadora e ela diz que outros deputados poderão ser investigados, então que seja investigado, mas você não pode sair por aí dizendo que deputado A ou B é culpado, independente do que ele esteja sendo acusado, quando você é acusado de alguma coisa, você tem o direito de se defender”, questionou, afirmando que os parlamentares ainda não foram notificados.
Procurando contemporizar, Duarte afirmou que o Ministério Público “tem que ter liberdade para investigar qualquer órgão”. “Tudo o que o Ministério Público solicitar, reivindicar através de processo ou não, ou mesmo um simples pedido, a Assembleia Legislativa vai responder e nem deverá esperar cumprir o prazo determinado de 15 dias”, defendeu.
Sobre a denúncia, Edinho disse que a Assembleia viaja com os deputados individualmente e em grupo, como ocorreu na viagem a Laranjal do Jari, por conta das enchentes. “É normal que a Assembleia esteja em grupos, como esteve também no Oiapoque, por diversas vezes, discutindo a questão fronteiriça entre o Brasil e a Guiana Francesa”, enfatizou.
Quanto às diárias, se resumiu em falar sobre a redução, anunciada pelo presidente, após o manifesto popular. “Foi reduzido de para R$ 1,6 mil tanto para dentro como para fora do estado”.
A Gazeta Amapá