A Operação Mãos Limpas, que levou à instauração do Inquérito 681 da PF, já foi totalmente encerrada no âmbito policial, ensejando a abertura de dois processos judiciais.
A informação foi dada ontem no programa radiofônico “Ranolfo e Convidados”, na Rádio Diário FM 90.9, por Edinaldo Batista, coordenador do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral.
Segundo o informante, em consequência do inquérito aberto e concluído pela Polícia Federal, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu dois processos, inclusive já indiciando algumas das 18 pessoas presas dia 10 de setembro de 2010, quando a operação foi deflagrada, após investigações iniciadas em agosto do ano anterior.
Sabe-se, com certeza, que os ex-governadores Pedro Paulo Dias e Waldez Góes, e a ex-primeira dama do estado, hoje deputada estadual Marília Góes, presos na Operação Mãos Limpas, não foram indiciados pelo STJ, pelo menos até ontem à tarde.
Recentemente, em discurso na Assembleia Legislativa, a deputada Marília Góes pediu da Justiça uma conclusão dos processos judiciais consequentes da Operação Mãos Limpas, considerando que pelo menos ela e o marido Waldez não foram sequer ouvidos pela PF, apesar de terem sido presos e levados para Brasília, em setembro de 2010.
A deputada Marília se pronunciou em resposta a discurso feito antes pelo senador João Capiberibe, da tribuna principal do Senado da República, cobrando um fim dos processos Mãos Limpas e punição aos culpados.
Na sequência das duas manifestações parlamentares, veio à lume denúncia de que o senador Capiberibe adquiriu a sua residência no bairro Jardim Felicidade II com recursos do SUS, como resultado de ‘favorecimento’ em licitações a uma empresa do ramo da construção civil.
Capiberibe se defende afirmando que o imóvel foi comprado com recursos próprios com pagamento dividido em 36 parcelas fixas e, em nota à imprensa, anteontem, presta esclarecimentos inclusive quanto ao registro legal do imóvel sob questão.
A Operação Mãos Limpas foi deflagrada com base em investigações dando conta de que uma organização de servidores públicos, agentes políticos e empresários praticava desvio de recursos públicos do estado do Amapá e da União.
Apurações revelaram indícios de um esquema de desvio de recursos da União que eram repassados a instituições governamentais, exatamente à época em que WG e Pedro Paulo Dias ocuparam o Setentrião.
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